As vagas de ingresso nas universidades federais passarão de 113 mil para 227 mil em seis anos – de 2003 a 2009. Os números, citados pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em entrevista à NBR TV, ilustram a expansão do ensino superior nos últimos anos. “Se levarmos em conta que temos também o ProUni, com bolsas para alunos de baixa renda, vamos totalizar mais de 400 mil pessoas atendidas”, calculou o ministro.
“Quadruplicamos o atendimento gratuito de ensino superior desde que o presidente Lula assumiu”, comemorou Haddad. De acordo com ele, a ampliação do acesso ao ensino superior permitirá alcançar a meta estabelecida no Plano Nacional de Educação (PNE), de atender 30% dos jovens entre 18 e 24 anos no ensino superior até 2011.
Em 2002, havia 43 universidades federais. Com a expansão, hoje são 55. “As 55 universidades federais estão em obras, sem exceção, porque criamos o Reuni, ao qual todas aderiram e isso deu (às instituições) acesso a um orçamento adicional de R$ 2,5 bilhões para investimentos, fora (os recursos para) contratações”, disse Haddad, em relação ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Por causa dos recursos previstos no Reuni as universidades federais oferecerão, em 2009, cerca do dobro de vagas de ingresso, se comparados os números aos de 2002. Já o Programa Universidade Para Todos (ProUni), apenas no primeiro semestre de 2009, ofereceu 156 mil bolsas a estudantes de baixa renda em universidades privadas.
“Partimos de um percentual de jovens de 18 a 24 anos na universidade de 16%. Já estamos em 24%”, ressaltou Haddad. Além de Reuni e Prouni, o ministro destacou outras ações que ajudarão a alcançar a meta de oferecer atendimento a 30% dos jovens dessa faixa etária no ensino superior.
“Acredito que cumpriremos a meta, simplesmente porque temos cinco programas de democratização e expansão do acesso. O Reuni, com expansão das federais; a UAB, com educação a distancia pública e federal gratuita; o Prouni, que em 2009 ofertou 156 mil bolsas; o financiamento estudantil, que pode cobrir 100% da mensalidade (universitária), e os institutos federais, que vão oferecer, sobretudo nas licenciaturas, cursos superiores”, enumerou.
Reuni – Além de destinar recursos para a infra-estrutura das instituições de ensino, como na construção de mais instalações, bibliotecas e restaurantes universitários, o perfil do corpo docente e o projeto pedagógico das federais também sofrerão melhorias. “São 10 mil novos doutores contratados”, afirmou Haddad.
Segundo o ministro, os projetos político-pedagógicos das instituições estão sendo revistos para cumprir as metas do programa, que prevê, além de mais vagas, aumentar a mobilidade estudantil e docente, o número de cursos noturnos, o aproveitamento de créditos, entre outras ações.
“O que mais me fascina é a inclusão. As classes menos privilegiadas estão chegando à universidade. A universidade está mudando no ponto de vista do perfil do estudante e ficando mais plural e democrática”. Para Haddad, essa mudança no perfil discente se reflete positivamente na produção do conhecimento universitário, que se torna mais afinado com o desenvolvimento nacional.
Até 2012, o Reuni destinará R$ 8,37 bilhões às universidades, sendo R$ 5,9 bilhões em custeio e pessoal e R$ 2,46 bilhões em investimento. Até o final de 2009, terão sido investidos R$ 2,29 bilhões. Para assegurar o atendimento aos alunos e o funcionamento das instituições, estão previstas as contratações de 8.239 técnicos e 9.982 docentes a partir deste ano. Devem ser abertos 1.248 novos cursos e criadas 93.420 novas vagas até 2012.
Por: Maria Clara Machado
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