A valorização profissional - compreendida no contexto de uma formação inicial e continuada comprometida com a qualidade social da educação - bons salários, carreira atraente e condições de trabalho adequadas são elementos fundamentais para que o educador realize o seu trabalho em sala de aula e fora dela. É essa a lógica que nos leva à certeza de que a lei do Piso não é boa só para os professores, é, antes de tudo, um reforço para a saúde das escolas públicas brasileiras.
Os governadores que se manifestaram contra a aplicação do Piso são, por isso, contra a evolução da qualidade de ensino no Brasil. São inimigos da educação e traidores da escola pública! Alegam que não conseguirão arcar com a elevação no custo para manter os profissionais. Ora, é obrigação do estado oferecer condições dignas para que os cidadãos tenham acesso ao ensino público de qualidade.
A CNTE não abre mão dos direitos conquistados e vai se mobilizar para garantir que o Piso seja implementado no Brasil. Se mesmo com a sanção da Lei alguns governantes insistem em contrariá-la, a Confederação conclama a todos os trabalhadores da educação a pressionarem o poder executivo a aplicar o Piso, sem qualquer prejuízo para a carreira do professor. Uma greve nacional será convocada entre os meses de abril e maio e um ato público será realizado no dia 2 de abril, em frente ao STF, para exigir o julgamento do mérito da ADI 4167 e o cumprimento efetivo da Lei.
Se for corretamente aplicada, a nova Lei trará ganhos de longo prazo para a educação. O país deve, sim, se preocupar com a universalização da educação, sem esquecer contudo, que ela só terá sentido com profissionais valorizados e infraestrutura adequada
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