quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Jornal VS/São Leopoldo - Deputados saem em defesa dos professores

Os deputados que integram a Frente Parlamentar do Congresso e a Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Educação do Piso dos Professores entregaram na manhã de ontem uma carta solicitando ao governo do Estado que os dias parados durante a greve dos professores não sejam descontados. Os deputados avaliam que o final da greve pode ser negociado e consideram desnecessário o corte dos salários dos grevistas, porque os professores terão de recuperar os dias parados no mês de janeiro.
Ontem, no plenarinho da Assembléia Legislativa, as duas frentes debateram a implantação da lei federal que trata do piso nacional do magistério e propostas para o fim da greve. A Frente Gaúcha é constituída por 30 deputados e foi criada para garantir a aplicação do piso nacional e mais investimentos em educação.
DIÁLOGO-
Conforme o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, que recebeu as reivindicações para que os professores retomem as aulas, o governo está em permanente diálogo. “O documento será encaminhado à secretaria e o diálogo é a solução para não prejudicar ainda mais as crianças e os pais que aguardam o final do ano letivo’’ , afirmou. No entanto, reforçou a posição do governo de cortar o ponto, ou seja, aplicando as mesmas regras da greve da iniciativa privada para os servidores públicos.
Já o deputado Fabiano Pereira (PT), que coordena a Frente Gaúcha, entende que está nas mãos do governo do Estado a possibilidade de dar fim à greve dos professores. Conforme o deputado, a Assembléia Legislativa já fez a sua parte, comprometendo-se em não votar o projeto do piso estadual e nenhum outro projeto que altere o plano de carreira dos professores até março do ano que vem. ‘‘Entregamos ao governo um documento para sensibilizar a governadora para que ela possa garantir o fim da greve e a recuperação das aulas das crianças e jovens fazendo com que não se corte o ponto e garanta o trabalho dos professores após a paralisação. Isso vai ser muito importante para resolver este impasse’’, disse o deputado. Segundo ele, a implantação do piso nacional dos professores não é difícil de ser cumprida. Se o Estado aplicar os 35% constitucionais da Educação, a União complementa os recursos que faltarem , afirmou.

Nenhum comentário: