A greve do magistério, cuja extensão será medida a partir desta segunda-feira, tem na origem pelo menos sete erros de avaliação cometidos pelo Palácio Piratini depois de a governadora Yeda Crusius encabeçar o movimento dos governadores questionando na Justiça a lei que criou o piso nacional. A saber: 1. O governo subestimou a capacidade de mobilização do Cpers, que nas últimas assembléias demonstrava ter perdido fôlego 2. Ao encaminhar o projeto instituindo o piso salarial de R$ 950, nele computadas todas as vantagens pagas aos professores, os estrategistas do Executivo imaginaram que esvaziariam a assembléia de sexta-feira. 3. Yeda Crusius foi convencida de que era preciso mandar o projeto para a Assembléia para neutralizar o discurso de que ela não queria pagar R$ 950 para os professores. Diante do piso nacional mais vantajoso, que a partir de 2010 terá os R$ 950 como salário básico, a estratégia não funcionou. 4.O encaminhamento, no mesmo dia, do projeto instituindo a gratificação de R$ 6,9 mil para os secretários que são funcionários de carreira do Estado, da União e dos municípios tornou inevitável a comparação com os salários do magistério e despertou a ira dos professores. 5. Ao trombetear os bons resultados do ajuste fiscal, o governo passou para o magistério a impressão de que há dinheiro sobrando e não dá aumento porque não quer. 6. Acreditar no mito de que os professores não fazem greve em fim de ano letivo para não atrapalhar as próprias férias. 7. Acreditar que o decreto do corte do ponto impediria a greve por ameaçar a obtenção da licença-prêmio. O decreto, somado à forma como foram tratados pela Brigada em uma manifestação na Praça da Matriz, só acirrou os ânimos.
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